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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Brasil gera 2 milhões de empregos formais em 2011



Região Nordeste foi a que registrou o melhor desempenho em setembro

O Brasil gerou 2.079.188 nos primeiros nove meses deste ano - o que significa um acréscimo de 5,78% aos 35.942.910 registrados em dezembro de 2010. O saldo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em setembro mostra a geração de 209.078 novas vagas, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (18), pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O número de admissões foi de 1.763.026 e o de desligamentos foi de 1.553.948, ambos os maiores para setembro na série histórica iniciada em 2002.

Desde janeiro de 2003 foram criados 17.463.630 empregos com carteira assinada no Brasil. A formalização do mercado de trabalho é uma tendência observada desde 2003, de acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PME-IBGE) e do Caged, analisados regularmente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Como já destacado nos boletins anteriores, é possível notar que a informalidade vem caindo contínua e significativamente”, informa a mais recente edição do estudo do Ipea, publicado em agosto (Boletim Mercado de Trabalho - Conjuntura e Análise 48 –). No primeiro semestre deste ano, o grau de informalidade era de 35,6% - menor do que os 37,2% do mesmo período de 2010 e que os 39,2% dos primeiros seis meses de 2008.

Setores - Apesar de o resultado total do Caged ter mantido a trajetória de crescimento dos últimos anos, a indústria de transformação sinalizou um menor dinamismo, quando comparado com os resultados médios obtidos de 2003 a 2010. Já o setor Serviços obteve um desempenho bem acima da média para o período. “Tivemos uma queda na geração de empregos na indústria por conta da concorrência dos produtos importados”, afirma o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. 

O aumento do emprego, em setembro, decorreu do desempenho positivo em sete dos oito setores de atividade: Serviços (91.774 vagas, o terceiro melhor resultado para o mês), Indústria de Transformação (66.269), Comércio (42.373), Construção Civil (24.977), Extrativa Mineral (1.831), Administração Pública (1.714) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (1.014). 
Regiões - As informações mostram, ainda, que houve desempenho recorde em cinco estados: Rio de Janeiro (23.903), Sergipe (4.649), Tocantins (1.154), Amapá (952) e Roraima (748). Entre as regiões brasileiras, a Nordeste foi a que registrou o melhor desempenho em setembro, com 89.424 novas vagas geradas. Logo depois estão Sudeste, com 67.107 empregos; Sul, com 29.958; Norte, com 12.377 (o segundo melhor desempenho para o período); e Centro-Oeste, com 10.212.

Salários dos admitidos tiveram aumento real de 6,16%

Nos primeiros seis meses de 2011, os salários médios de admissão revelaram um aumento real de 6,16% em relação ao mesmo período de 2010, passando de R$ 885,36 em 2010, para R$ 939,90 em 2011. 

No recorte por gênero, o aumento real do salário médio obtido pelos homens foi de 7,28%, frente ao aumento de 4,39% para as mulheres. Em consequência, a relação entre o salário real médio feminino versus masculino reduziu de 87,64% em 2010 para 85,28% em 2011, indicando um aumento da diferença dos salários auferidos pelas mulheres frente aos percebidos pelos homens.

Brasil precisa de mais 150 mil engenheiros até 2012



O Brasil precisa de mais 150 mil engenheiros até o final de 2012, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). E, por causa de investimentos no setor de energia, infraestrutura e a descoberta do pré-sal, uma das áreas com maior necessidade de profissionais é a de petróleo e gás.

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o setor de petróleo e gás (incluindo-se extração e refino) continuará expandindo sua demanda por esses profissionais a taxas entre 13% e 19% ao ano. No Brasil, formam-se anualmente 48 mil engenheiros em todas as especializações.

Na procura por profissionais para o setor de petróleo e gás, de cada dois candidatos selecionados, dois são contratados. “Normalmente, para vaga de engenharia, a seleção é feita com quatro, cinco profissionais para só então a empresa escolher. Já quando a vaga é no segmento de petróleo e gás, são selecionados um ou dois candidatos. E, se forem dois, ambos são contratados por causa da grande demanda”, diz João Amaral, headhunter da divisão de Petróleo e Gás da Michael Page, empresa de recrutamento e seleção.

Atualmente, na Michael Page há 40 vagas abertas para esse segmento da engenharia e, segundo Amaral, com dificuldade para serem preenchidas. “As empresas têm pago altos salários para quem é especializado nessa área. Até porque, para a companhia vale mais a pena pagar bem e manter a operação do que parar a produção por causa da falta de profissional”, comenta o headhunter.

A demanda é tão grande que o setor tem buscado profissionais em outras áreas da engenharia, como automotiva, de energia, de telecomunicações e até da indústria farmacêutica.
“É um setor que tem pago mais que os outros e oferece um bom pacote de benefícios para atrair pessoas de outras áreas. E isso também é estratégia para manter o profissional na empresa, já que a disputa é grande”, afirma Rafael Meneses, da empresa de recrutamento e seleção Asap.

O diretor da empresa de recursos humanos FCB, Valter Teixeira, explica que as vagas não se limitam a Petrobrás e subsidiárias da estatal. “Há demanda em empresas que prestam serviço, realizam e executam projetos para a Petrobrás”, explica.

Porém, não basta ter vontade de migrar para o segmento. Segundo os especialistas, nem para todas as áreas do setor de petróleo e gás a formação de engenheiro, mecânico, eletrônico ou de produção, é suficiente. “Tem que ir atrás de especialização. Para quem trabalha embarcado (nas plataformas de extração de petróleo), por exemplo, é um trabalho muito específico. Mas paga o dobro”, afirma Amaral.

Outra recomendação dos especialistas em recursos humanos e seleção é buscar cursos técnicos na área, que podem oferecer um diferencial para esse profissional. “E uma segunda língua é fundamental, pois há empresas novas chegando ao País ou atuando lá fora”, diz Meneses.

A engenheira química Maria Regina Oeino, de 51 anos, voltou para o setor de petróleo e gás após um hiato de dez anos. “Eu comecei nessa área trabalhando com projetos e depois, quando o setor ficou ruim, saí, atuei na indústria e virei professora universitária. Só voltei agora, nos anos 2000, quando o setor voltou a ter investimento”, conta.

Maria Regina afirma que o mercado tem grande demanda e houve um período em que faltou formação de profissionais para atuar na área. “Não se encontra engenheiros no setor com 15 anos de atuação, por exemplo. Ou são mais velhos, como eu, ou mais novos. Isso porque nos anos 90 não havia investimento e demanda nesse setor”, analisa.

Para a engenheira, nos próximos 10 a 20 anos esse será um setor de forte oferta de vagas. “Estamos defasados e é hora de recuperar.”

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras, eleito o Executivo do Ano.



Como diz o nosso amigo PHA, agora a turma da imprensa brasileira neoliberal demo-tucana, corta os pulsos.... E agora? O que dirão a Miriam Leitão, Carlos Alberto Sardenberg, William Wack, Veja, Folha de São Paulo e C&A...?

Executivos das 100 maiores empresas de petróleo escolheram o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, como o Executivo de Petróleo do Ano de 2011. O prêmio será entregue pela Energy Intelligence, um dos maiores serviços de informações na indústria, na próxima segunda-feira, dia 10. Em entrevista por email à ISTOÉ, Gabrielli destaca a inovação como fator de sucesso para a Petrobras.

O que é ser considerado o executivo do ano pelos líderes das 100 maiores companhias de petróleo do mundo?

Todos os prêmios que recebi nestes oito anos de Petrobras, primeiro como diretor financeiro e depois como presidente, devem ser creditados ao corpo de diretores, gerentes e de empregados desta empresa, orgulho de todos os brasileiros, pela posição conquistada no mundo. 
Ser escolhido Executivo de Petróleo do Ano de 2011 pelos dirigentes das 100 maiores empresas do setor, antes de mais nada, é o reconhecimento mundial desta posição. Ninguém melhor do que os executivos do setor para avaliar uma empresa de petróleo. Por isso, quero dividir está homenagem com toda a nossa força de trabalho.

O que diferencia a Petrobras das demais empresas do setor? 

Podemos identificar diversas variáveis que nos distinguem no universo das empresas mundiais. Uma delas é que aprendemos fazendo, e fazendo corretamente. Não tínhamos nenhuma experiência em exploração e produção offshore, quando fizemos as primeiras descobertas em Sergipe, em águas rasas, e depois na Bacia de Campos, onde fomos descobrindo petróleo e gás em águas cada vez mais profundas, o que nos levou a receber diversos prêmios no setor. Nesta escala, chegamos hoje à posição de liderança em águas profundas e ultraprofundas, com 22% das operações neste horizonte.

Do ponto de visto de mercado, qual o diferencial da Petrobras?

Estamos diretamente associados ao crescimento da economia brasileira. As grandes empresas mundiais do nosso setor produzem petróleo em diferentes regiões e são exportadoras de óleo cru. A Petrobras, ao contrário, tem 85% de sua produção extraída dos campos nacionais. Cerca de 80% dessa produção é processada em nossas refinarias no Brasil, e os derivados produzidos se destinam ao mercado brasileiro. Temos, portanto, uma integração industrial e comercial intensa e direcionada ao mercado interno.

A que podemos creditar os resultados operacionais e financeiros da Petrobras, ao longo dos anos?

Um dos principais fatores é a capacidade inventiva de nossos técnicos que, além de criarem novas alternativas operacionais, vêm aperfeiçoando o que há de melhor do setor no mundo. Além disso, compartilhamos esta criatividade com a indústria nacional e com os fornecedores de serviços. Dessa forma, desenvolvemos tecnologia e conhecimento no país. A cadeia de petróleo e gás atingiu condições para construir plataformas para águas profundas de avançada tecnologia e preços e prazos compatíveis com os padrões mundiais, como foi o caso recente da P-56.

Vamos continuar elegendo executivos do setor ainda por muitos anos ou o petróleo está com seus dias contados?

Nos próximos 40 anos, apesar dos avanços recentes, o volume de energias alternativas como fonte primária ainda é baixo. As energias eólica, solar, geotermal e das marés, geradas hoje no mundo, representam menos de 1% da matriz energética mundial. Se crescerem 10 vezes até 2020 chegarão a 9% da matriz. Por isso o petróleo ainda vai continuar por muito tempo como a principal fonte de energia primária mundial.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Petrobras completa 58 anos com perspectivas de dobrar a produção na próxima década



Petrobras é responsável pela produção na mais nova fronteira exploratória mundial, que mudará o papel do Brasil no cenário geopolítico: de atual coadjuvante no mercado global de petróleo e gás, o País passará a ser um de seus protagonistas.

A Petrobras completa 58 anos, nesta segunda-feira (03/10), com muito a comemorar e, também, a esperar do futuro. Nesse período, a Companhia criada por Getúlio Vargas com objetivo de trazer “independência econômica” ao País foi além de seu desígnio original. Hoje a Petrobras é responsável pela produção na mais nova fronteira exploratória mundial, que mudará o papel do Brasil no cenário geopolítico: de atual coadjuvante no mercado global de petróleo e gás, o País passará a ser um de seus protagonistas.
Com o maior plano de investimentos de sua história – US$ 224,7 bilhões (R$ 389 bilhões) previstos para o período entre 2011 e 2015 -, a Petrobras prevê instalar 19 grandes projetos de produção até 2015, adicionando 2,3 milhões de barris por dia (bpd) à sua capacidade de produção. Serão adicionados, em cinco anos, volume superior ao que a empresa conseguiu produzir em 58 anos.
O crescimento da Petrobras foi construído por sua força de trabalho que, para conduzir o desenvolvimento projetado no Plano de Negócios 2011 – 2015, será aumentada dos atuais 58 mil empregados diretos da controladora, para 74.400 em 2015. Para trabalhar na cadeia de suprimento do setor, o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), do qual a Petrobras é a principal financiadora, qualificará 213 mil pessoas.
A Companhia almeja também perfurar mais de 1.000 poços offshore ao longo desses cinco anos e chegar à produção de 4,9 milhões bpd de petróleo em 2020 no Brasil, sendo 1,9 milhão oriundos do Pré-Sal. Hoje, a Petrobras já produz 129 mil bpd no Pré-Sal e as moléculas de gás do campo de Lula abastecem, desde setembro, o mercado brasileiro, através do gasoduto Lula-Mexilhão. Com 216 quilômetros de extensão, é o gasoduto com maior profundidade e comprimento de duto rígido submarino já instalado no Brasil.
Esses números tornam-se ainda mais significativos quando se coloca em perspectiva o curto espaço de tempo entre a descoberta do Pré-Sal (2006) e a entrada em produção do primeiro Teste de Longa Duração (TLD), em 2009, bem como as características da região onde essa riqueza está localizada. A nova fronteira fica a 300 km da costa, em profundidades de até 7 mil metros (altura do Himalaia) e sob camada de sal, plástica, de 2 quilômetros de espessura, ou cinco vezes a altura do Pão de Açúcar.
Seria difícil acreditar que a produção da Companhia seria duplicada na próxima década (4,9 milhões bpd em 2020), não fosse o histórico dos últimos 30 anos. Em 1980, a Petrobras produzia apenas 187 mil bpd, sendo a maior parte da produção em terra. Em 1990, a Companhia mais que triplicou sua produção, atingindo 653 mil bpd. A aposta da exploração em águas profundas fez a Petrobras alcançar, em 2000, produção de 1,2 milhão bpd e 2 milhões em 2010.
Essa história de conquistas traz benefícios não apenas para a Companhia, seus funcionários e acionistas: beneficia cadeia de fornecedores e subfornecedores estimada em mais de 200 mil empresas e milhões de trabalhadores. O maior exemplo desse benefício é a inédita construção de 28 sondas de perfuração no País. Se em 2000, a indústria naval brasileira contava com 1.900 trabalhadores, hoje (dado de 2010) um exército de 56.112 pessoas está a serviço dos estaleiros e de seus fornecedores. (texto na íntegra, Blog da Petrobras)