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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Pessimismo: a Petrobras responde com petróleo



Todo mundo leu, nos últimos dias, análise sobre análise a respeito da “desastrosa” situação da Petrobras.

Os desinformados,se levassem em conta as notícias e análises dos jornais, iam acha que, dentro em pouco, as ações da empresa iam ser vendidas a peso, como papel velho.

Conversa. A pressão é para que o Governo reabra os leilões e, de preferência, os leilões do pré-sal.

Argumentam com a “pressa”. Pressa de que? De exportarmos mais petróleo bruto? De poços perfurados com equipamentos estrangeiros, por  empresas estrangenos porões de embarcações estrangeiras, para refinarias estrangeiras?

O que é que isso tem a ver com as nossas necessidade de país?

Olhe o mapa aí ao lado, dos poços em perfuração, acabamento  e em teste. Estão distribuídos numa área que tem mais petróleo do que tudo o que já se havia encontrado em todo o país, em todos os tempos.

O que está marcado em vermelho é o Carioca-Sela, onde ontem se comunicou a descoberta de petróleo leve, de alta qualidade. É o segundo poço bem sucedido em pouco mais de dois meses, no campo, pois em dezembro saiu óleo leve da perfuração do poço de Abaré, em dezembro.

É só olhar o diagrama e ver o quanto há por furar e encontrar de petróleo, até porque o índice de sucesso dos poços na região chega próximo de 100%. Nem sequer se completou a exploração do primeiro arco-alvo.

É para isso que a Petrobras está comprando aqui sondas e montando aqui navios-plataforma, que poderia trazer prontos, até mais rápido, do exterior.

Mas que não gerariam um mísero emprego e uma linha de conhecimento tecnológico aqui no Brasil.

Ah, mas e o curto prazo?

A Petrobras está a um triz de atingir a produção de 2,5 milhões de barris diários em território brasileiro. Em janeiro, faltaram apenas nove mil barris para isso, com a entrada rodução de novos poços nas plataformas P-57, no  Espírito Santo; da P-56, no campo de Marlim Sul, em  Campos; e com os  testes de  de um poço operado pelo navio plataforma FPSO Cidade de Rio das Ostras, feito aqui, também lá em Campos.

A Bacia de Santos, a mais promissora área do pré-sal, ainda não produz sequer 5% desta quantidade. E, daqui a dois anos, é de lá que viá um quatro de nosso petróleo.

A “pressa” deste pessoal é como aquela história de que o tempo é dinheiro. No caso, o dinheiro do nosso petróleo para eles.

É por isso que eles se apressam em enganar os trouxas. 
Fonte: Tijolaço

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Produção de petróleo em 2011 foi a maior da história



A extração de petróleo e gás no Brasil em 2011 foi a maior da história e representa um total de 919 milhões de barris de óleo equivalente (boe), com uma vazão diária média de 2,52 MMboe/d. Em 2010, essa vazão diária média ficou em torno de 2,45 MMboe/d. Os dados foram divulgados na quinta-feira (2), pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Foram produzidos, aproximadamente, 768 milhões de barris de petróleo e 24 bilhões de metros cúbicos de gás natural durante 2011. Em comparação com 2010, houve aumento de 2,5% na produção de petróleo e 4,9% na de gás natural. Nos últimos dez anos (2002-2011), a produção de petróleo cresceu 45% (veja gráfico) e a de gás natural, 55%. 

Dezembro - A produção de petróleo e gás natural em dezembro também foi recorde: aproximadamente 2,214 MMbbl/d (milhões barris por dia) e 71 MMm³/d (milhões de m³ por dia), respectivamente, totalizando em torno de 2,663 MMboe/d (milhões barris de óleo equivalente por dia). 

Esses novos recordes mensais superam, respectivamente, as produções de novembro de 2011 e dezembro de 2010. Houve aumento de aproximadamente 1,6% na produção de petróleo se comparada com o mesmo mês em 2010 e de aproximadamente 1,2% se comparada ao mês anterior.

Petrobras - Cerca de 91,2% da produção de petróleo e gás natural são
provenientes de campos operados pela Petrobras. Aproximadamente 91,9% da produção de petróleo e 76,2% da produção de gás natural do Brasil foram explotados de campos marítimos.

Houve aumento de aproximadamente 3,1% na produção de gás natural se comparada ao mesmo mês em 2010 e de, aproximadamente, 5,1% da produção de gás natural se comparada ao mês anterior.

Em dezembro passado, 306 concessões, operadas por 25 empresas distintas, foram responsáveis pela produção nacional. Destas, 78 são marítimas e 228 são terrestres. Vale ressaltar, que das 306 concessões, nove encontram-se em atividades exploratórias e produziram através de Testes de Longa Duração (TLD) e, outras dez, são de Campos licitados contendo Acumulações Marginais.

Os maiores aumentos de produção de petróleo foram registrados nos campos de Lula, Ostra e Albacora Leste, respectivamente, que juntos produziram cerca de 26,6 Mbbl/d a mais do que fora produzido por esses campos em novembro de 2011.

Gás natural é mais utilizado
O ano de 2011 também foi o de melhor aproveitamento do gás natural: cerca de 92,7% de todo o gás natural extraído foi utilizado na economia. A redução de queima foi de cerca de 27%, se comparada à queima realizada em 2010. Em média foram queimados 4,8 MMm³/d, contra uma média de 6,6 MMm³/d em 2010. 

Os três campos terrestres com maior produção de petróleo e gás natural, em barris de óleo equivalente, foram Rio Urucu, Leste do Urucu e Carmópolis, respectivamente.

Esses dois campos, ambos na Bacia do Solimões, na Amazônia, ocuparam a 1ª e 2ª posição, respectivamente, no ranking de maiores produtores de gás natural, e são os únicos campos terrestres entre os 20 maiores produtores em barris de óleo equivalente. Fonte: SECOM - Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Boletim 1463 - 03.02

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O que foi o acidente no litoral de São Paulo envolvendo a Petrobras?‏



Ontem, um dia depois do anúncio, pela Petrobras, do  vazamento de óleo no Campo do Carioca, da Petrobras, já tinhamos tudo: sobrevôos, fotos aéreas, inquéritos da Marinha, do Ministério Público…

O Ibama, que levou 15 dias para multar a Chevron, gastou só 24 horas para multar a Petrobras.

Que bom, porque é assim que deve ser. O meio-ambiente é propriedade comum e todas as peassoas têm não apenas o direito de serem informadas como o de cobrarem as responsabilidades dos que operam atividades potencialmente danosas a eles, como é a extração de petróleo. 

Ninguém que conheça a empresa tem, em qualquer momento, nenhuma dúvida quanto ao rigor com que a petroleira brasileira trata a segurança de suas atividades. É severíssima!!!

O que foi o acidente no litoral de São Paulo? Uma imperícia, uma “barbeiragem” operacional como no caso da Chevron? Não.

A linha de produção, onde ocorreu o vazamento, é um duto entre o poço – onde está instalada uma válvula, conhecida como “árvore de natal molhada” e o navio plataforma.

Este duto, conhecido como riser , foi o que apresentou vazamento.

É bem raro que isso ocorra, mas nada tem a ver com o “poço” propriamente dito e, portanto, com sua profundidade e características no subsolo. Ou seja, tanto faz se o poço é no pré-sal ou no pós sal.

O que pode influir, sim, é a profundidade da lâmina d´água, que determina a extensão do riser. Neste caso, como era um poço pioneiro e o único ligado ao navio-plataforma, o comprimento do riser é apenas um pouco maior que a profundidade do solo marinho, que tem ali cerca de 2,1 km. A trajetória vertica do riser o expõe a esforços provocados pelas correntes e por seu próprio peso. O movimento do navio-plataforma, gerenciado por satélite, ajuda a compensar estas pressões e, algum vezes, são usados flutuadores e tensionadores, para evitar a formação de ângulos perigosos na junção entre o duto e a válvula na “cabeça” do poço, onde há uma válvula.

Esta válvula é automaticamente fechada quando se detecta uma variação de pressão no duto, que pode ser causada, entre outras razões, por um vazamento. Isso é quase imediato e até independente de ação humana.

Então porque vazaram cerca de 160 barris, e como se sabe desta quantidade? Esse é o petróleo contido no extenso duto, que tem um diâmetro considerável – não foi informado, mas é, seguramente, entre 4 e 6 polegadas, ou entre 10 e 15 centímetros,além de um pequeno diferencial que pode ser estimado tanto pelo ponto de rompimento  quanto pela vazão do duto que, no caso deste poço, era muito alta, cerca de mil barris (perto de 160 mil litros) por hora. Por mais rápidos que sejam a detecção e o fechamento da válvula, com esse fluxo, a quantidade que escapa  não é pequena.

Por isso, é uma bobajada dizer que o pré-sal vazou ou que o poço vazou. O que vazou – e tem de ser apurada com rigor a causa – foi o tubo que leva o óleo do poço ao navio. Se foi defeito do material do duto, dos conectores, da manobras de posicionamento do navio-plataforma, é isso o que tem de ser descoberto e corrigido.

E é isso que a Petrobras, a esta hora, deveria estar explicando, didaticamente, a todos.

E não deixar que a especulação em torno do vazamento -  na tubulação e  imediatamente contido, enquanto o  da Chevron, no poço,  está deixando escapar petróleo, em pequena quantidade,  até hoje – coloque sombras sobre o assunto.

(artigo na íntegra, clique aqui, fonte: Tijolaço)