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domingo, 11 de setembro de 2011

A matemática macabra do 11 de setembro



Finalmente leio hoje o mais lúcido artigo relacionado ao 11 de setembro. Trata-se do texto de Marco Aurélio Weissheimer, na Carta Maior, com título: A matemática do 11 de setembro. Mas, e agora?

Amparado pela matemática e dados oficiais, Marco Aurélio, discorre sobre o que há de mais macabro e horripilante nos acontecimentos que derivaram do 11 de setembro. Para vingar as mais de 2.900 vítimas do ataque, mais de 900 mil pessoas já teriam perdido suas vidas até hoje, segundo Unknown News, organização que fornece estatística detalhada do número de mortos nas guerras do Afeganistão e Iraque, distinguindo vítimas civis de militares.

A matemática da vingança é assustadora: Para cada vítima do 11 de setembro, 310 perderam suas vidas

A reação aos atentados supera de longe a prática adotada pelo Exército Nazista nos territórios ocupados durante a Segunda Guerra Mundial: Executar 10 civis para cada soldado alemão morto.

Na madrugada do dia 2 de maio, ao anunciar oficialmente que Osama Bin Laden tinha sido morto, Obama disse:

“Foi feita justiça. Nesta noite, tenho condições de dizer aos americanos e ao mundo que os Estados Unidos conduziram uma operação que matou Osama Bin Laden, o líder da Al Qaeda e terrorista responsável pelo assassinato de milhares de homens, mulheres e crianças.”

O conceito de justiça usado por Obama autoriza, portanto, a que iraquianos e afegãos lancem ataques contra os responsáveis pelo assassinato de milhares de homens, mulheres e crianças. E provoquem outras milhares de mortes. E assim por diante até que não haja mais ninguém para ser morto. A superação da Lei do Talião, cabe lembrar, foi considerada um avanço civilizatório justamente por colocar um fim neste ciclo perpétuo de morte e vingança. A ideia é que a justiça tem que ser um pouco mais do que isso.

Mas nem tudo é dor e sofrimento

Muitas empresas ganharam com a guerra, aliás, ganharam muito! O Iraque cedeu lugar à guerra mais privatizada da história: serviços de alimentação, escritório, lavanderia, transporte, segurança privada, engenharia, construção, logística, treinamento policial, vigilância aérea… a lista é longa.

- A Halliburton, ligada ao então vice-presidente Dick Cheney, recebeu cerca de US$ 13,6 bilhões para “trabalhos de reconstrução e apoio às tropas”;

- A Parsons ganhou US$ 5,3 bilhões em serviços de engenharia e construção; 

- A Dyn Corp. faturou US$ 1,9 bilhões com o treinamento de policias;

- A Blackwater abocanhou US$ 21 milhões, somente com serviço de segurança privada;

- 20 mil militares privados.

A matemática macabra envolvendo o 11 de setembro não pára por aí

Voltando a 1973, quando Washington apoiou ativamente o golpe militar que derrubou e assassinou o presidente do Chile, Salvador Allende.

Em agosto deste ano, o governo chileno anunciou uma nova estatística de vítimas da ditadura do general Augusto Pinochet (1973-1990): entre vítimas de tortura, desaparecidos e mortos, 40 mil pessoas, 14 vezes mais do que o número de vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001

Relembrando as palavras do presidente Obama e seu peculiar conceito de justiça, os chilenos estariam autorizados a caçar e matar os responsáveis pelo assassinato de milhares de homens, mulheres e crianças.
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P.S Blog do Rafael Chaves: É isso ou entendi errado? Prefiro me consolar com as palavras de Michael Moore: “Depois de dez anos, duas guerras, 919.967 mortes e 1,188 trilhão de dólares, conseguimos matar uma pessoa”.
É amigos... seria bom que todos os 11's de setembro's ao longo da história também fossem lembrados...

Recomendo ler artigo na íntegra, clique aqui.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O Estado não inchou. Cessou foi sua demolição



Imagine o caro leitor que o senhor ou a senhora seja dono de uma empresa com 53 funcionários e gasta com eles, digamos, 10% do seu faturamento bruto. Oito anos depois, a sua empresa tem 63 funcionários, que absorvem 9% de seu faturamento.  Isso seria boa ou má administração? Lógico que a resposta seria: claro que a empresa cresceu, mas cresceu de forma saudável, aumentando sua eficiência.

O Globo, hoje, em sua manchete, recusa este raciocínio simples e estampa: “Governo Lula contratou três vezes mais servidores do que Fernando Henrique”, com base em um estudo divulgado ontem à tarde pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o IPEA.

É óbvio que, para um governo como o de FHC, com o confessado objetivo de demolir o Estado brasileiro, reduzir o funcionalismo era não apenas natural como parte do objetivo estratégico de enfraquecimento do poder público. O número de servidores civis na administração pública, nos dos mandatos tucanos, caiu 13,5%, como resultado – você vê no gráfico, de muitas aposentadorias e poucas contratações que as substituíssem.

Aposentaram-se 134.654 servidores e foram admitidos 51.613. O quadro de servidores federais ativos encolheu 12,7% deste o fim do Governo Itamar até 2002, mesmo FHC tendo assumido depois de quatro anos (Collor e Itamar) onde não houve contratações, mas só demissões e aposentadorias.

Já no governo Lula, admitiram-se, por concurso, 155.534 servidores, contra 79.302 aposentadorias. O número de servidores federais ativos cresceu 11,9% do final do Governo FHC ao final do governo Lula.
Em resumo, as admissões no governo Lula sequer chegaram a repor o estoque de servidores que Fernando Henrique encontrou e destruiu. Para ser exato, faltaram ainda 11.200 vagas.

Olhemos, porém, a questão de outra forma, para avaliar o que isso quer dizer. Imagine o caro leitor que a notícia fosse dada da seguinte forma: Polícia Federal tem menos agentes que em 2003 ou Universidades federais dobram matrículas e não contratam professor ou Número de ações duplica, mas União tem os mesmos advogados que em 2003.

Pois é, a coisa ficaria muito diferente.

Mas a economia cresceu o suficiente para sustentar essa recuperação, ainda que limitada, nos quadros do funcionalismo federal? Espante-se, senhor leitor, mas os gastos da União com seus servidores caíram de 5% do Produto Interno Bruto, em 2002, para cerca de 4,5% do PIB. O ritmo de aumento de contratações no setor privado foi mais que o dobro do setor público.

O Brasil tem, segundo outro estudo do mesmo Ipea, um nível de emprego público que, ao contrário do que pensa muita gente, fica abaixo dos países desenvolvidos em matéria de proporção de servidores públicos sobre o número total de trabalhadores. O serviço público absorvia, em 2006, 12,5% dos empregos totais e, como a expansão do setor privado foi muito mais forte do que a do público, mesmo considerados Estados e Municípios, este número já deve estar abaixo de 12%. Nos EUA, reconhecidamente um dos países menos “estatizados”, esta proporção era de 14,8% no mesmo ano.

A manchete de O Globo, portanto, agarra uma comparação que permite chocar aos incautos, mas não revela em nada o processo de saneamento do Estado brasileiro em matéria de pessoal, que não é o mesmo, ao contrário, do que destruir a capacidade de funcionamento do serviço público.

Por: Fernando Brito no blog Projeto Nacional

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A diferença de uma análise isenta e uma análise contaminada



Ainda sobre a questão do corte de 0,5% nos juros feita pelo Banco Central na semana passada. Impressionante como se arrasta o chororô e a crise de histeria por parte dos comentaristas da grande mídia. 
Ficaram histéricos porque quebraram a cara, e a queda dos juros, serviu pra mostrar que essa turma, ou errou por incompetência, ou errou para atender interesses dos graúdos, ou seja, a turma que financia seus patrões.

Lendo os artigos sobre o tema nos jornais da velha mídia brasileira e comparando com os artigos de outros jornais do mundo, parecem que estão falando de dois "Brasis" diferentes, o primeiro diz que foi um erro, o segundo diz que foi sábia decisão... Bom, o que me conforta é que a turma que disse que foi um erro, é a mesma turma que disse que Lula jamais elegeria "um poste", que o Brasil iria quebrar na Crise de 2008, entre outras pérolas que a história mostrou o contrário.

Eis a diferença de uma análise isenta e uma análise contaminada:

Ontem, o economista americano Eric Leeper, professor da Universidade de Indiana, elogiou a política monetária e fiscal do Brasil, dizendo que o país não vive pressões para administrar sua dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) e tem a tendência de juros básicos em queda.

“Japão, Estados Unidos e Europa não estão em condições de dar lições para ninguém nos regimes fiscal e monetário; agora alguns países da América Latina, principalmente o Brasil, são exemplos importantes”.

Já a urubóloga Míriam Leitão, disse em 02/09: BC surpreende e baixa juros - A notícia mais importante da semana na área econômica foi a redução da taxa de juros. Não pelo fato em si, mas pela maneira como foi feita. Surpreendeu os analistas porque a inflação está acima do teto da meta, a inflação de serviços e de alimentos em torno de 9%. Houve demostrações de pressão sobre o Banco Central.

Na verdade a Sra Míriam Leitão não sabe é onde enfiar a cabeça, pois no dia anterior, na CBN, a rádio que TROCA a notícia, passou 65min. engando seus ouvintes e fazendo-os acreditar que a decisão do dia seguinte seria em manter ou aumentar o patamar dos juros.

É amigos... toda história tem 2 lados... o lado de quem conta... e a verdade.

sábado, 3 de setembro de 2011

Petrobras manda Veja ir "prá báxa da égua"!



No auto e bom tom do "cearês", a Petrobras mandou a revista Veja "prá báxa da égua", segundo o conceituado dicionário cearencês, a expressão: "prá báxa da égua" é um local distante, geograficamente desconhecido, para onde não se deseja ir e para onde outra pessoa fuleragem deve ser mandada.

Vamos ao respeitado blog da Petrobras, no post, Respostas à revista Veja:

Revista Veja: Diante dos fatos publicados por VEJA em sua edição passada, algum membro do governo cobrou explicações do presidente José Sergio Gabrielli?

Petrobras: Não. Nem faria sentido diante da reportagem publicada, resultado do péssimo jornalismo praticado por Veja. A partir de fotos de pessoas entrando e saindo de um hotel, a revista faz ilações absurdas sobre o que teria sido discutido e conversado nesses encontros.

Revista Veja: Ele prestou explicações a alguém do governo?

Petrobras: Não. Pelas razões expostas acima.

É amigos, para quem ainda "está por fora" dessa matéria, trata-se de uma reportagem produzida lançando mão do que há de mais excurso e sujo em matéria de desserviço ao jornalismo, aliás, nem sei se pode ser chamado de jornalismo. Desde tentativa a invasão de domicílio, falsidade ideológica por parte do repórter, tentativa de suborno a uma camareira de hotel, enfim, jornalismo Rupert Murdoch*.


*Padrão de jornalismo Rupert Murdoch , aquele do News of The World, que foi fechado na Inglaterra e seus editores foram em cana.