A ilustração ai de cima reproduz duas matérias de destaque em O Globo.
A primeira, no dia 15/02, para dizer que a gasolina brasileira – leia-se Petrobras – era das mais caras do mundo, custando 70% a mais que em Nova York.
Outra, de ontem (01/03), dizendo que a nossa gasolina está 21% mais barata que nos Estados Unidos.
Como Nova York é nos Estados Unidos e não houve nenhum salto no preço por aqui, uma das duas é uma “furada”. Ou, talvez, as duas.
Como se vê, o assunto não é tratado com seriedade, mas como propaganda. Contra a Petrobras, contra o Governo.
Não há a menor importância na comparação, porque aqui e lá temos situações completamente diferentes em matéria de renda, tributação dos combustíveis e evolução dos preços.
Claro que o preço dos combustíveis terá de aumentar, se não cessarem as pressões bélicas envolvendo Estados Unidos e Irã.
Mas este tipo de exploração não diz nada ao leitor. A gasolina é cerca de 30% a 40% mais barata na bomba nos EUA- varia muito de estado a estado – por causa, essencialmente, dos tributos que incidem sobre os combustíveis, que são estaduais.
E que, excetuados os EUA, por sua cultura, continuam sendo uma tributação menor (13%) do que a praticada nos países desenvolvidos, onde supera os 100%.
Aqui, andamos na faixa dos 50%, duas terças partes deles estaduais: o ICMS.
A verdadeira intenção dessa turma é dar uma recrudescida na inflação, agora que ela está decepcionando o pessoal do “o caos está chegando”.
Como dar uma “queimada” na imagem da Petrobras, agora que mudou a gestão.
E, ainda, dar uma mãozinha aos usineiros, porque começa este mês a safra de cana, a demanda por etanol está fraca e os preços internacionais do açúcar, embora altos, estão ainda cerca de 20% mais baixos no mercado internacional. Por Fernando Brito no Projeto Nacional.
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