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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Em 5 anos, só o ProUni colocou mais negros nas universidades do que nos últimos 100 anos



No último sábado, dia 20, foi celebrado o Dia da Consciência Negra, o primeiro depois da aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em julho deste ano. Apesar de reconhecerem os avanços recentes, líderes do movimento negro afirmam que o próximo governo terá muitos desafios, como a ampliação do ProUni (Programa Universidade para Todos) e a aprovação de novos projetos que visem à igualdade de oportunidades.

Para o fundador da ONG Educafro, frei David Raimundos Santos, a maior conquista da população negra no governo Lula foi o ProUni (Programa Universidade para Todos), criado em 2004. "Em cinco anos, só o ProUni colocou mais negros nas universidades do que os últimos cem anos de Brasil. E nós, negros, temos a consciência de que o que vai provocar a mobilidade social do povo negro é o acesso à educação de qualidade".

Agora ele espera que Dilma amplie o projeto, sobretudo em casos de alunos pobres que conseguem ingressar na universidade com bolsa integral, mas não tem dinheiro para transporte, alimentação e livros, e acabam sacrificando os estudos. Já existe o bolsa permanência que concede uma ajuda de custo de até R$ 300,00 mensais, justamente para atender estes casos, mas é apenas para cursos com carga horária de pelo menos 6 horas diárias, o que restringe a poucos cursos como medicina.

A Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), estima que as ações afirmativas já puseram cerca de 500 mil afrodescendentes nas universidades, a maior parte através do ProUni nas universidades privadas, e nas públicas, aproximadamente 90 mil ingressaram pelo sistema de cotas raciais. Fonte: Portal da Igualdade Racial

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